quinta-feira, 29 de setembro de 2011

AMOR - POR MIM

"Amor não se mede, não se escolhe, não se compra,
Amor não pode ser ignorado nem negligenciado,
Amor não é egoísta, tampouco egocêntrico,
Não é preconceituoso, nem insano...

O Amor é sublime em todo o sentido da palavra:
É generoso, é amigo, é confiante,
É parceiro, companheiro…
Amor é incondicional e gigante,
E não se limita a um homem e a uma mulher…
...
O Amor é indispensável a todo e qualquer ser humano,
Quisá a todo ser vivo que habita este planeta,
Há quem diga que habita outros planetas…

E você, cara pálida, se acha melhor que o Amor?
Pense nisso e escolha como quer viver…"

Rosi Rodrigues

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

DESABAFO


Hoje eu descobri que eu gosto das pessoas são felizes e de bem com a vida, independente das dificuldades.

Depois de deixar minha filhota na escola, enquanto voltava pra casa, tive a oportunidade de conhecer e conversar com uma jovem que voltava da sua avaliação de direção.

Logo de manhã, pronta para ir para o trabalho, a moça estava falante, alegre e disposta a ser feliz. Conversou comigo como se fôssemos velhas amigas.

Achei o máximo!

Poucas pessoas, hoje em dia, possuem esta disponibilidade e vontade de fazer novas amizades e de ser feliz.

De que adianta ficarmos lamentando os problemas e dificuldades da vida? Isto não os resolve, apenas nos move para dentro de um poço escuro e sombrio, onde não podemos ver a luz.

Sejamos mais otimistas e não entreguemos os pontos tão facilmente.

Se há algo que não tenha solução neste mundo é para a morte. Ainda...

Pensemos nisto.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

A ÚLTIMA CRÔNICA - Fernando Sabino


A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na realidade estou adiando o momento de escrever. A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta busca do pitoresco ou do irrisório no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao episódico. Nesta perseguição do acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente doméstico, torno-me simples espectador e perco a noção do essencial. Sem mais nada para contar, curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso do poeta se repete na lembrança: "assim eu quereria o meu último poema". Não sou poeta e estou sem assunto. Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica.

Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar-se, numa das últimas mesas de mármore ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela presença de uma negrinha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também à mesa: mal ousa balançar as perninhas curtas ou correr os olhos grandes de curiosidade ao redor. Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam para algo mais que matar a fome.

Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom, inclinando-se para trás na cadeira, e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma. A mãe limita-se a ficar olhando imóvel, vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom. Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo. A mulher suspira, olhando para os lados, a reassegurar-se da naturalidade de sua presença ali. A meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês.

O homem atrás do balcão apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho - um bolo simples, amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular. A negrinha, contida na sua expectativa, olha a garrafa de Coca-Cola e o pratinho que o garçom deixou à sua frente. Por que não começa a comer? Vejo que os três, pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa um discreto ritual. A mãe remexe na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda também, atenta como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim.

São três velinhas brancas, minúsculas, que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E enquanto ela serve a Coca-Cola, o pai risca o fósforo e acende as velas. Como a um gesto ensaiado, a menininha repousa o queixo no mármore e sopra com força, apagando as chamas. Imediatamente põe-se a bater palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam, discretos: "Parabéns pra você, parabéns pra você..." Depois a mãe recolhe as velas, torna a guardá-las na bolsa. A negrinha agarra finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está olhando para ela com ternura - ajeita-lhe a fitinha no cabelo crespo, limpa o farelo de bolo que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo de súbito, a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido - vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso.

Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso."

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

A VERDADE DE CHARLES CHAPLIN


Pensamos demasiadamente
Sentimos muito pouco
Necessitamos mais de humildade
Que de máquinas.
Mais de bondade e ternura
Que de inteligência.
Sem isso,
A vida se tornará violenta e 
Tudo se perderá.

domingo, 25 de setembro de 2011

LOUCOS E SANTOS - Oscar Wilde



Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

sábado, 24 de setembro de 2011

AUSÊNCIA - Carlos Drummond de Andrade

Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

PRIMAVERA - Patricia Tieko

Ela chega discreta
na metamorfose divina
com seus encantos, sua beleza
Seus varios perfumes,
com seu jeito peculiar.
Da vida ao seco
trazendo vigor da florada
uma eclosão de cores
num calor de amores
em uma brisa que enternece.
Crianças brincando na chuva
sobre um céu colorido
olhares sorridentes
pulsando nos movimentos
Ah, doce e bela primavera!

terça-feira, 20 de setembro de 2011

A QUADRILHA

Carlos Drummond de Andrade
João amava Tereza que amava Raimundo 

Que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili 

Que não amava ninguém. 

João foi para os Estados Unidos, 

Tereza para o convento, 

Raimundo morreu de desastre, 

Maria ficou para tia 

Joaquim suicidou-se 

E Lili casou com J. Pinto Fernandes 

Que até então não tinha entrado na história.


Fonte: http://www.contos.poesias.nom.br

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

SERENATA - Cecília Meireles

Fonte: depressaopoesia.ning.com


Permita que eu feche os meus olhos,
pois é muito longe e tão tarde!
Pensei que era apenas demora,
e cantando pus-me a esperar-te.

Permite que agora emudeça:
que me conforme em ser sozinha.
Há uma doce luz no silencio,
e a dor é de origem divina.

Permite que eu volte o meu rosto
para um céu maior que este mundo,
e aprenda a ser dócil no sonho
como as estrelas no seu rumo.


Fonte: http://www.contos.poesias.nom.br

domingo, 18 de setembro de 2011

AS QUATRO ESTAÇÕES

Por Lourdes Neves Cúrcio
Na aurora de minha vida
Tudo era felicidade
Primavera tão sonhada!
O amor na pele aflorando
Brotando com intensidade,
A vida se transformando
Em abundantes floradas!

No entusiasmo do verão
Todo o ardor da juventude
A aquecer meu coração,
Emoção em plenitude!
Meu peito de amor se abrasando
Meu ser de alegria vibrando
A vida em eterna canção!

Surgiu, porém, o outono
Foram-se as folhas e as flores
Ficando em mim tão somente
Desilusões, dissabores;
Tal qual árvore desnuda
O meu coração se despiu
E de desilusão se vestiu!

Veio o vento e soprou frio
A vida se fez inverno
E o meu ser se fez tristonho,
Pois restou nele a saudade
Da emoção, do canto terno
Dos tempos de felicidade
Das flores, sorrisos e sonhos!


Fonte: http://www.poesiasonline.com

sábado, 17 de setembro de 2011

MEUS OLHOS TÃO SUAVES - Hafiz*


Não renuncie à sua solidão
Tão rapidamente.
Deixe-a cortar mais fundo.

Deixe-a fermentar e amadurecer
Como poucos ingredientes humanos
Ou mesmo divinos conseguem.

Algo ausente no meu coração esta noite
Tornou meus olhos tão suaves,
Minha voz
Tão terna,

Minha necessidade de Deus
Tão absolutamente
Clara


Tradução por Alexandra Nikasios

* "Chama Al-Din Muhammad Hafiz (Séc.XIV), poeta lírico persa; era exímio no gazel (espécie de ode) e professor de Exegese do Alcorão. Em suas obras uniu temas místicos à inspiração báquica e à exaltação da beleza." [Wikipedia]


Fonte: http://sites.google.com

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

SUAVIDADE - Benedita Azevedo


Buscando a suavidade deste amor
mais firme no querer a cada dia,
de todos os valores e ousadia
queria demonstrar o seu valor.

Tentando aveludar a voz fazia
vibrar todas as cordas com fervor,
e meu corpo aquecido transgressor,
transformando a volúpia em euforia.

Suaves gestos irmanados grassam,
teus abraços me afagam com ternura,
e não há discordâncias que os desfaçam.

Muito carinho, afeto e fantasia
transformando-se bênçãos e aventura,
despertam em mim enorme alegria.

domingo, 11 de setembro de 2011

sábado, 10 de setembro de 2011

O MENINO E A BONECA

Eu estava andando em uma loja no shopping, quando eu vi a mão do caixa devolver um dinheiro a um menino. Ele não poderia ter mais do que 5 ou 6 anos de idade.

A caixa disse: “Me desculpe, mas você não tem dinheiro suficiente para comprar esta boneca.” Então o menino se virou para uma senhora próxima a ele: “Vovó, você tem certeza que eu não tenho dinheiro suficiente?” A velha senhora respondeu: “Você sabe que você não tem dinheiro suficiente para comprar esta boneca, querido.” Então ela pediu para ele ficar lá por apenas cinco minutos enquanto ela ia dar uma volta… Ela saiu rapidamente.

O pequeno menino estava segurando a boneca em sua mão. Por último, caminhei em direção ao garoto e perguntei para quem ele queria dar aquela boneca. “É a boneca que minha irmã mais adorava, e queria muito no Natal. Tinha certeza de que Papai Noel iria trazê-la para ela.” Respondi-lhe que talvez o Papai Noel iria trazê-la no próximo natal, e que era pra ele não se preocupar. Mas ele respondeu-me com tristeza. “Não, o Papai não poderá levar a boneca onde ela está agora. Eu tenho que dar a boneca para minha mãe para que ela possa dar a minha irmã quando ela for lá.” Seus olhos eram tão tristes ao dizer isso. “Minha irmã foi para o céu com Deus. O pai diz que a mamãe vai ver Deus em breve também, então eu pensei que ela poderia levar a boneca com ela e entregar a minha irmã.” 

Meu coração quase parou. O menino olhou para mim e disse: “Eu disse ao papai para dizer a mamãe não ir ainda. Eu preciso dela para esperar até que eu volte do shopping.” Então ele me mostrou uma foto muito bonita dele onde ela estava rindo. Ele então me disse “Eu quero que a mamãe tire uma foto minha com ela para que ela não vai esquecer de mim. Eu amo a minha mãe e gostaria que ela não me deixasse, mas meu pai disse que ela tem que ir para ficar com a minha irmãzinha.” Então ele ficou olhando para a boneca com os olhos tristes e muito quietinho.

Eu rapidamente procurei minha carteira e disse ao garoto. “Suponha que nós verificamos novamente, apenas no caso de você ter dinheiro suficiente para comprar a boneca?” Ele disse: “Ok, eu espero ter o suficiente…” Acrescentei algumas das minhas moedas ao dinheiro dele, sem que ele percebesse, e começamos a contá-lo. Não foi só suficiente para a boneca, e até mesmo sobrou algum dinheiro.

O menino disse: “Obrigado Deus por me dar bastante dinheiro!” Então ele olhou para mim e disse: “Eu pedi a última noite antes de ir dormir pra Deus para me certificar de que tinha dinheiro suficiente para comprar esta boneca, para que mamãe poderia dar à minha irmã. Ele me ouviu! Eu também queria ter dinheiro suficiente para comprar uma rosa branca para minha mãe, mas não me atrevi a pedir a Deus muito. Mas Ele me deu dinheiro suficiente para comprar a boneca e a rosa branca! Minha mãe adora rosas brancas.”

Poucos minutos depois, a velha senhora voltou e eu saí com a minha cesta. Terminei minhas compras num estado totalmente diferente de quando eu comecei. Eu não conseguia tirar aquele garotinho do meu pensamento. Então me lembrei de um artigo de jornal local de dois dias atrás, que mencionou um homem bêbado numa caminhonete, que bateu em um carro ocupado por uma mulher jovem e uma menina. A menina morreu na hora, e a mãe estava em estado crítico. A família teve de decidir se queriam desligar os aparelhos de suporte de vida, porque a jovem não seria capaz de se recuperar do coma. Foi esta a família do menino?

Dois dias depois desse encontro com o garotinho, eu li no jornal que a jovem tinha morrido. Eu não deixar de ir lá, comprei um buquê de rosas brancas e fui à casa funerária onde o corpo da jovem foi exposto para as pessoas verem e fazer os últimos desejos antes de seu enterro. Ela estava lá, em seu caixão, segurando uma linda rosa branca em sua mão com a foto do garotinho e com a boneca em seu peito. Eu deixei o local, com lágrimas nos olhos, sensação de que minha vida havia mudado para sempre…

O amor que o garotinho tinha por sua mãe e sua irmã ainda é, até hoje, difícil de imaginar. E em uma fração de segundo, um motorista bêbado tinha tirado tudo isso dele.


Autor Desconhecido

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

VITORIOSA - Ivan Lins

Quero sua risada mais gostosa
Esse seu jeito de achar
Que a vida pode ser maravilhosa...

Quero sua alegria escandalosa
Vitoriosa por não ter
Vergonha de aprender como se goza...

Quero toda sua pouca castidade
Quero toda sua louca liberdade
Quero toda essa vontade
De passar dos seus limites
E ir além, e ir além...

Quero sua risada mais gostosa
Esse seu jeito de achar
Que a vida pode ser maravilhosa
Que a vida pode ser maravilhosa...

Quero toda sua pouca castidade
Quero toda sua louca liberdade
Quero toda essa vontade
De passar dos seus limites
E ir além, e ir além...

Quero sua risada mais gostosa
Esse seu jeito de achar
Que a vida pode ser maravilhosa
Que a vida pode ser maravilhosa...

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

AS CORES DOS AMIGOS


Amigos são "cores", cada qual com seu matiz, e um jeitão sempre muito marcante.

Há o Amigo "cor verde":
É aquele que em tudo ressalta a beleza da Vida e põe esperança nela.
Ergue-nos!

Há o Amigo "cor azul":
Ele sempre traz palavras de paz e de serenidade, dando-nos a impressão, ao ouvi-lo, que estamos em contato direto com o céu ou com o profundo azul do mar.
Ele nos eleva!

Há o Amigo "cor amarela":
Ele nos aquece, assim como o sol; faz-nos rir, sorrir e enxergar o amarelo brilho das estrelas bem ao alcance das nossas mãos.

Há o Amigo "cor laranja":
Ele nos traz a sensação de vigor, saúde, enriquece nosso espírito com energias que são verdadeiras vitaminas para o nosso crescimento.

Há o Amigo "cor vermelha":
É aquele que domina as regras de viver, é como nosso sangue.
Ele acusa perigos, mas nunca nos abala a coragem.
É pródigo em palavras apaixonadas e repletas de caloroso amor.

Há o Amigo "cor roxa":
Ele traz à tona nossa essência majestosa, como a dos reis e dos magos.
Suas palavras têm nobreza, autoridade e sabedoria.

Há o Amigo "cor cinza":
Ele nos ensina o silêncio, a interiorização e o autoconhecimento.
É um indutor a pensamentos e reflexões.
Ajuda a nos aprofundar em nós mesmos.

Há o Amigo "cor preta":
Ele é mestre em mostrar nosso lado mais obscuro, com palavras geralmente duras, atinge-nos sem 'anestesia' e, com boas intenções, leva-nos a melhor considerar nossas atitudes perante a vida.

E há o Amigo "cor branca":
Esse é uma mistura de todos.
É aquele que 'saca' um pouco de cada um e nos revela verdades nascidas da vivência e da incorporação de conhecimentos.
Ele nos prova que, não só ele, mas também todos os outros, têm verdades aprendidas para partilhar conosco.

Se reunirmos a todos num Grande Encontro, veremos um arco-íris de Amor e Amizade.


Autor Desconhecido por mim...

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

HOMENAGEM AO 7 DE SETEMBRO

CANÇÃO DO EXÍLIO - Gonçalves Dias
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar — sozinho, à noite —
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu’inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.


Fonte: http://www.overmundo.com.br

terça-feira, 6 de setembro de 2011

MÃE NATUREZA

Sou filha da alegria, da paz, do amor
Sou prima do Sol, da Lua, da Cor
Apadrinho as flores, as árvores, os animais
Acalento as rochas, as montanhas, o mananciais
Sou Mãe Natureza na água, na terra e no ar...

Não quero poder nem tampouco fama,
Quero carinho e reconhecimento,
Gratidão e solicitude,
A perseverança no coração dos homens,
A inocência na alma das crianças...

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

SOLITÁRIO - Augusto dos Anjos

Como um fantasma que se refugia 
Na solidão da natureza morta, 
Por trás dos ermos túmulos, um dia, 
Eu fui refugiar-me à tua porta!

Fazia frio e o frio que fazia
Não era esse que a carne nos contorta...
Cortava assim como em carniçaria
O aço das facas incisivas corta!

Mas tu não vieste ver minha Desgraça!
E eu saí, como quem tudo repele, 
-- Velho caixão a carregar destroços --

Levando apenas na tumba carcaça
O pergaminho singular da pele
E o chocalho fatídico dos ossos!


Fonte: http://pensador.uol.com.br

domingo, 4 de setembro de 2011

OS OUTROS - Fernando Pessoa

É fácil trocar as palavras,
Difícil é interpretar os silêncios!
É fácil caminhar lado a lado,
Difícil é saber como se encontrar!
É fácil beijar o rosto,
Difícil é chegar ao coração!
É fácil apertar as mãos,
Difícil é reter o calor!
É fácil sentir o amor,
Difícil é conter sua torrente!

Como é por dentro outra pessoa?
Quem é que o saberá sonhar?
A alma de outrem é outro universo
Com que não há comunicação possível,
Com que não há verdadeiro entendimento.

Nada sabemos da alma
Senão da nossa;
As dos outros são olhares,
São gestos, são palavras,
Com a suposição
De qualquer semelhança no fundo."


Fonte: http://pensador.uol.com.br

sábado, 3 de setembro de 2011

BAMBU CHINÊS - Autor Desconhecido

"Depois de plantada a semente deste incrível arbusto, não se vê nada,absolutamente nada, por 4 anos - exceto o lento desabrochar de um diminuto broto, a partir do bulbo. Durante 4 anos, todo o crescimento é subterrâneo, numa maciça e fibrosa estrutura de raiz, que se estende vertical e horizontalmente pela terra. Mas então, no quinto ano, o bambu chinês cresce, até atingir 24 metros".
Covey escreveu: "Muitas coisas na vida (pessoal e profissional) são iguais ao bambu chinês. Você trabalha, investe tempo e esforço, faz tudo o que pode para nutrir seu crescimento, e às vezes não se vê nada por semanas, meses ou mesmo anos. Mas, se tiver paciência para continuar trabalhando e nutrindo, o quinto ano chegará e o crescimento e a mudança que se processam o deixarão espantado. O bambu chinês mostra que não podemos desistir fácil das coisas...
Em nossos trabalhos, especialmente projetos que envolvem mudanças de comportamento, cultura e sensibilização para ações novas, devemos nos lembrar do bambu chinês para não desistirmos fácil frente às dificuldades que surgem e que são muitas"...

Fonte:
http://www.crisboog.com.br

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

MEU CÉU DE SETEMBRO

Hédina A. Vilas Boas
Quanta beleza neste azul perfeito
Só muda a tonalidade de sua cor
Onde o sol aparece
O restante é todo um azul anil
De tal intensidade 
Que passa em meus olhos
Direto para a alma.
Esse dia me acalma...
Que silêncio!
A música que toca
Para minha inspiração
São de pássaros cantando
Em toda direção.
Cânticos variados
Cada um tem seu cuidado
Para agradar ao Pai Supremo
Com a mais perfeita melodia.
Creio que os cânticos
Mais lindos depois das dos anjos
É o dos pássaros... não tem mácula.
Continuando com meu céu de setembro
É o mês de primavera
O sol está ameno
Toca minha alma apenas para aquecer
Não agride, não machuca, só agrada.
Tudo muito verde
Todas as árvores brilham
Mostrando seu resplendor
Pois logo, logo
Cada uma mostrará suas flores
Momentos onde esquecemos as dores
Lembrando de um Pai tão cuidadoso
Que de um ano separou 
Um mês inteiro para adornar,
Colorir com tantas cores,
Todas que existem!
Sinto paz!
Muitas vezes as vozes humanas 
Nos amarguram...
Quer ver voz perfeita?
Acorde mais cedo, sente-se à sua janela
Assista tal espetáculo...
Assista... ouça... veja como é a voz de Deus
Estou aqui... 
O dia parece que não está passando!
Gostaria de guardá-lo numa caixinha
para todo momento de angústia
Lembrar do presente tão lindo
Que Deus me deu:
O mês de setembro...
O mês das flores...
O mês dos amores...
Obrigada meu Senhor! 
Amado de minha alma!
Obrigada pelo mês de setembro...
Deste sempre me lembro!

Fonte: http://www.luso-poemas.net

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

BONS AMIGOS - Machado de Assis

Abençoados os que possuem amigos, os que os têm sem pedir.
Porque amigo não se pede, não se compra, nem se vende.
Amigo a gente sente!

Benditos os que sofrem por amigos, os que falam com o olhar.
Porque amigo não se cala, não questiona, nem se rende.
Amigo a gente entende!

Benditos os que guardam amigos, os que entregam o ombro pra chorar.
Porque amigo sofre e chora.
Amigo não tem hora pra consolar!

Benditos sejam os amigos que acreditam na tua verdade ou te apontam a realidade.
Porque amigo é a direção.
Amigo é a base quando falta o chão!

Benditos sejam todos os amigos de raízes, verdadeiros.
Porque amigos são herdeiros da real sagacidade.
Ter amigos é a melhor cumplicidade!

Há pessoas que choram por saber que as rosas têm espinho,
Há outras que sorriem por saber que os espinhos têm rosas!