quinta-feira, 31 de março de 2011

ÁGUIA

Sou uma águia atrevida
Alço vôo para o infinito
Conheço o céu em sua magnitude
O sol é o maior companheiro

Águia soberba e abençoada
Livre, leve, solta
Rasgando o ar, sentindo o vento
Ah, como sou feliz!

quarta-feira, 30 de março de 2011

HÁ ESPERANÇA...

Quando o sol desaparece no horizonte
Quando a lua desacorda para a noite
Quando as estrelas já não querem brilhar
Quando já não há mais sentido...
Nestes tempos ainda há esperança

Não sei definir os sinais
Nem identificar todos estes sentimentos
Não posso sorrir ante a tristeza
Me confundo em meio as emoções
Mesmo assim posso sentir a esperança

Conheço meu íntimo e nele me guardo
Não me atrevo a expelir qualquer sentimento.

terça-feira, 29 de março de 2011

PROCURA-SE UM AMIGO

Por Vinícius de Moraes

"Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova quando chamado de amigo. Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos, de grandes chuvas e das recordações da infância. Preciso de um amigo para não enlouquecer, para contar o que vi de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade. Deve gostar de ruas desertas, de poças d´água e de caminhos molhados, de beira de estrada, de mato depois da chuva, de se deitar no capim. Preciso de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já tenho um amigo. 
Preciso de um amigo para parar de chorar. Para não viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas. Que bata nos ombros sorrindo e chorando, mas que me chame de amigo, para que eu tenha a consciência de que ainda vivo".

segunda-feira, 28 de março de 2011

AS PALAVRAS

O que escrever quando as palavras não vem?
Onde está a inspiração?
Onde estão meus sentimentos?

Onde estão as palavras?
Não as encontro
Ou será que fujo delas...
Não sei bem ao certo
Quero escrever e não consigo

Vejo-me perdida em meus pensamentos
Tenho tanto a escrever e nada sai
Minha cabeça é um emaranhado de ideias
Mas as palavras não saem
Se escondem, me deixam perdida

Onde estão as palavras?
Como puderam me abandonar?
Eu, que sempre as tratei com carinho
Eu, que sempre as usei com amor...

Onde estão as palavras?
Talvez estejam cansadas
Talvez estejam perdidas
Quem sabe voltem mais tarde

Onde estão as palavras?
Voltarão quando desejarem
Pois as palavras são como o vento
Vem e vão quando forem necessárias
Sem dono, sem destino...

domingo, 27 de março de 2011

TRECHO DE O PEQUENO PRINCÍPE

De Antoine Saint-Exupéry

[...] As pessoas têm estrelas que não são as mesmas.
Para uns, que viajam, as estrelas são guias.
Para outros, elas não passam de pequenas luzes.
Para outros, os sábios, são problemas.
Para o meu negociante, eram ouro.
Mas todas essas estrelas se calam.
Tu, porém, terás estrelas como ninguém!
Quando olhares o céu de noite, por que habitarei uma delas,
porque numa delas estarei rindo,
então será como se todas as estrelas te rissem.
E tu terás estrelas que sabem rir.
E quando te houveres consolado,
tu te sentirás contente por me teres conhecido.
Tu serás sempre meu amigo.
Terás vontade de rir comigo.
E abrirá às vezes a janela à toa, por gosto...
E teus amigos ficarão espantados
de ouvir-te rir olhando o céu.
Tu explicarás então: "
Sim, as estrelas, elas sempre me fazem rir!".
E eles te julgarão maluco.
Será uma peça que te prego.
Será como se eu te houvesse dado em vez de estrelas, montões de guizos que riem. [...]


Fonte: http://sscaglioni.spaces.live.com

sexta-feira, 25 de março de 2011

SONETO XV - William Shakespeare


Quando penso que tudo o quanto cresce
Só prende a perfeição por um momento,
Que neste palco é sombra o que aparece
Velado pelo olhar do firmamento;

Que os homens, como as plantas que germinam,
Do céu têm o que os freie e o que os ajude;
Crescem pujantes e, depois, declinam,
Lembrando apenas sua plenitude.

Então a idéia dessa instável sina
Mais rica ainda te faz ao meu olhar;
Vendo o tempo, em debate com a ruína,

Teu jovem dia em noite transmutar.
Por teu amor com o tempo, então, guerreio,
E o que ele toma, a ti eu presenteio.

Fonte: http://www.starnews2001.com.br

quinta-feira, 24 de março de 2011

A FELICIDADE E A SAUDADE

Por Isaque Alves

A felicidade está nas coisas mais simples
Naquelas que sentimos saudade de vez em quando
Naquela que da vontade de fazer, ter e viver de novo
Saudade de sorrir como criança com uma bobagem dita
Ou com uma palhaçada feita
Saudade dos olhares depois de cada riso
Saudade de cada beijo escondido
E de cada dito de desejo
Saudade daquele jeito...
Que não sai do meu juizo


Fonte: http://recantodasletras.uol.com.br

quarta-feira, 23 de março de 2011

FELICIDADE

O que é felicidade para mim? Bom, acredito que a felicidade de uma pessoa não depende da presença de outro ser humano, muito menos de qualquer coisa material que possa ser adquirida . Não é objeto, não pode ser comprada. Não necessita de risos ou sorrisos... É uma sensação, um sentimento.
Quando se está feliz não é necessário sorrir ou gargalhar, pois esta felicidade transparece no brilho dos olhos, no palpitar intenso do coração. 
A felicidade está nas pequenas coisas da vida: no canto de um pássaro, no florescer de uma flor, no sorriso de uma criança... A felicidade é cor, é brilho, é luz. Ninguém conquista o que mais almeja sem ela. Ninguém pode realizar seus sonhos sem ela. A felicidade é a mais nobre razão para se viver todos os outros sentimentos da vida.
Quem não sente felicidade em seu coração não sente amor pelas flores, pelos animais, pelas pessoas, pela vida. A felicidade, mais que o amor, é uma dádiva divina. O amor é consequência da felicidade. Ao contrário do que muitos dizem, para mim, quem não é feliz não é capaz de amar. Como alguém pode amar se não possui a felicidade em seu coração para oferecer a pessoa amada?

A felicidade de uma pessoa não depende da presença de outro ser humano, muito menos de qualquer coisa material que possa se adquirida. Não é objeto, não pode ser comprada. Não necessita de risos ou sorrisos... É uma sensação, um sentimento. Felicidade é simplesmente sermos o que queremos e lutamos para ser.

segunda-feira, 21 de março de 2011

A ARTE DE SER FELIZ

Cecília Meirelles

HOUVE um tempo em que a minha janela se abria para um chalé. Na ponta do chalé brilhava um grande ovo de louça azul. Nesse ovo costumava pousar um pombo branco. Ora, nos
dias límpidos, quando o céu ficava da mesma cor do ovo de louça, o pombo parecia pousado no ar. Eu era criança, achava essa ilusão maravilhosa e sentia-me completamente feliz. 

HOUVE um tempo em que a minha janela dava para um canal. No canal oscilava um barco. Um barco carregado de flores. Para onde iam aquelas flores? Quem as comprava? Em que jarra, em que sala, diante de quem brilhariam, na sua breve existência? E que mãos as tinham criado? E que pessoas iam sorrir de alegria ao recebê-las? Eu não era mais criança, porém a minha alma ficava completamente feliz.

HOUVE um tempo em que minha janela se abria para um terreiro, onde uma vasta mangueira alargava sua copa redonda. À sombra da árvore, numa esteira, passava quase todo o dia sentada uma mulher, cercada de crianças. E contava histórias. Eu não podia ouvir, da altura da janela; e mesmo que a ouvisse, não a entenderia, porque isso foi muito longe, num idioma difícil. Mas as crianças tinham tal expressão no rosto, a às vezes faziam com as mãos arabescos tão compreensíveis, que eu participava do auditório, imaginava os assuntos e suas peripécias e me sentia completamente feliz. 

HOUVE um tempo em que a minha janela se abria sobre uma cidade que parecia feita de giz. Perto da janela havia um pequeno jardim seco. Era uma época de estiagem, de terra
esfarelada, e o jardim parecia morto. Mas todas as manhãs vinha um pobre homem com um balde e em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas. Não era uma regra: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse. E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz. 

MAS, quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem, outros que só existem diante das minhas janelas e
outros, finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.


Fonte: http://prosaemverso.br.tripod.com/

domingo, 20 de março de 2011

VIDA - Augusto Branco

Já perdoei erros quase imperdoáveis,
tentei substituir pessoas insubstituíveis
e esquecer pessoas inesquecíveis.

Já fiz coisas por impulso,
já me decepcionei com pessoas
que eu nunca pensei que iriam me decepcionar,
mas também já decepcionei alguém.

Já abracei pra proteger,
já dei risada quando não podia,
fiz amigos eternos,
e amigos que eu nunca mais vi.

Amei e fui amado,
mas também já fui rejeitado,
fui amado e não amei.

Já gritei e pulei de tanta felicidade,
já vivi de amor e fiz juras eternas,
e quebrei a cara muitas vezes!

Já chorei ouvindo música e vendo fotos,
já liguei só para escutar uma voz,
me apaixonei por um sorriso,
já pensei que fosse morrer de tanta saudade
e tive medo de perder alguém especial (e acabei perdendo).

Mas vivi!
E ainda vivo!
Não passo pela vida.
E você também não deveria passar!

Viva!!

Bom mesmo é ir à luta com determinação,
abraçar a vida com paixão,
perder com classe
e vencer com ousadia,
porque o mundo pertence a quem se atreve
e a vida é "muito" para ser insignificante.

Fonte: http://pensador.uol.com.br/

sábado, 19 de março de 2011

SONETO LXX - William Shakespeare

Se te censuram, não é teu defeito,
Porque a injúria os mais belos pretende;
Da graça o ornamento é vão, suspeito,
Corvo a sujar o céu que mais esplende.
Enquanto fores bom, a injúria prova
Que tens valor, que o tempo te venera,
Pois o Verme na flor gozo renova,
E em ti irrompe a mais pura primavera.
Da infância os maus tempos pular soubeste,
Vencendo o assalto ou do assalto distante;
Mas não penses achar vantagem neste
Fado, que a inveja alarga, é incessante.
Se a ti nada demanda de suspeita,
És reino a que o coração se sujeita.

Fonte: http://pensador.uol.com.br/

quinta-feira, 17 de março de 2011

CÂNTICO II

Cecília Meirelles


Não sejas o de hoje.
Não suspires por ontens...
Não queiras ser o de amanhã.
Faze-te sem limites no tempo.
Vê a tua vida em todas as origens.
Em todas as existências.
Em todas as mortes.
E sabes que serás assim para sempre.
Não queiras marcar a tua passagem.
Ela prossegue:
É a passagem que se continua.
É a tua eternidade.
És tu

quarta-feira, 16 de março de 2011

A PALAVRA MÁGICA

Carlos Drummond de Andrade


Certa palavra dorme na sombra
de um livro raro
Como desencantá-la?
É a senha da vida
a senha do mundo.
Vou procurá-la.

Vou procurá-la a vida inteira
no mundo todo.
Se tarda o encontro, se não a encontro,
não desanimo,
procuro sempre.

Procuro sempre, e minha procura
ficará sendo
minha palavra.

terça-feira, 15 de março de 2011

MUDANÇA - Clarice Lispector

Sente-se em outra cadeira, no outro lado da mesa. Mais tarde, mude de mesa.
Quando sair, procure andar pelo outro lado da rua. Depois, mude de caminho, ande por outras ruas, calmamente, observando com atenção os lugares por onde você passa.
Tome outros ônibus.
Mude por uns tempos o estilo das roupas. Dê os seus sapatos velhos. Procure andar descalço alguns dias. Tire uma tarde inteira para passear livremente na praia, ou no parque, e ouvir o canto dos passarinhos.
Veja o mundo de outras perspectivas.
Abra e feche as gavetas e portas com a mão esquerda. Durma no outro lado da cama... Depois, procure dormir em outras camas. Assista a outros programas de tv, compre outros jornais... leia outros livros.
Viva outros romances.
Não faça do hábito um estilo de vida. Ame a novidade. Durma mais tarde. Durma mais cedo.
Aprenda uma palavra nova por dia numa outra língua.
Corrija a postura.
Coma um pouco menos, escolha comidas diferentes, novos temperos, novas cores, novas delícias.
Tente o novo todo dia. O novo lado, o novo método, o novo sabor, o novo jeito, o novo prazer, o novo amor.
A nova vida. Tente. Busque novos amigos. Tente novos amores. Faça novas relações.
Almoce em outros locais, vá a outros restaurantes, tome outro tipo de bebida, compre pão em outra padaria.
Almoce mais cedo, jante mais tarde ou vice-versa.
Escolha outro mercado... outra marca de sabonete, outro creme dental... Tome banho em novos horários.
Use canetas de outras cores. Vá passear em outros lugares.
Ame muito, cada vez mais, de modos diferentes.
Troque de bolsa, de carteira, de malas, troque de carro, compre novos óculos, escreva outras poesias.
Jogue os velhos relógios, quebre delicadamente esses horrorosos despertadores.
Abra conta em outro banco. Vá a outros cinemas, outros cabeleireiros, outros teatros, visite novos museus.
Mude.
Lembre-se de que a Vida é uma só. E pense seriamente em arrumar um outro emprego, uma nova ocupação, um trabalho mais light, mais prazeroso, mais digno, mais humano.
Se você não encontrar razões para ser livre, invente-as. Seja criativo.
E aproveite para fazer uma viagem despretensiosa, longa, se possível sem destino. Experimente coisas novas. Troque novamente. Mude, de novo. Experimente outra vez.
Você certamente conhecerá coisas melhores e coisas piores do que as já conhecidas, mas não é isso o que importa.
O mais importante é a mudança, o movimento, o dinamismo, a energia. Só o que está morto não muda !
Repito por pura alegria de viver: a salvação é pelo risco, sem o qual a vida não vale a pena!

segunda-feira, 14 de março de 2011

DIA NACIONAL DA POESIA

Por Ileídes Muller

Poeta
é pássaro livre
que abre caminhos
pendura estrelas
em varais de luz.
Germina sonhos
no solo da vida
conclui suas dores,
inventa saídas,
apaga os abismos
e na infinitude
de ser transitório
inala esperança
e desenha manhãs.

Homenagem aos poetas no Dia Nacional da Poesia, 14 de março.

sexta-feira, 11 de março de 2011

ANTE AS CRISES DO MUNDO

Tema – Comportamento individual perante as crises da sociedade humana.


As crises, as dificuldades, os desregramentos do mundo!...

De modo habitual, referimo-nos às provações terrestres, mormente nas épocas de transição, como se nos regozijássemos em ser folha inerte nas convulsões da torrente.

Em verdade, o mundo se encontra em renovação incessante, qual sucede a nós próprios, e, nas horas de transformações essenciais, é compreensível que a Terra pareça uma casa em reforma, temporariamente atormentada pela transposição de linhas e reajustamento de valores tradicionais. Tudo em reexame, a fim de que se revalidem os recursos autênticos da civilização, escoimados da ganga dos falsos conceitos de progresso, dos quais a vida se despoja para seguir adiante, mais livre e mais simples, conquanto mais responsável e mais culta.

Natural que a existência em si mesma, nessas ocasiões, se nos afigure como sendo um painel torturado de paixões à solta.

Costumamos olvidar, porém, que o mundo é o mundo e nós somos nós. Entre o passageiro e o comboio que o transporta, há singulares e inconfundíveis diferenças. Se o veículo ameaça desastre, é possível que o viajante, dentro dele, se converta em ponto de calma, irradiando reequilíbrio.

Assim também, no Planeta. Somos todos capazes de fazer cessar em nós qualquer indução à indisciplina ou à desordem. Cada qual pode assumir as rédeas do comando íntimo e estabelecer com a própria consciência o encardo de calafetar com a bênção do serviço e da prece todas as brechas da alma, de modo a impedir a invasão da sombra no barco de nossos interesses espirituais, preservando-nos contra o mergulho no caos, tanto quanto auxiliando aqueles que renteiam conosco na viagem de evolução e de elevação.

Faze-te, pois, onde estiveres, um ponto assim de tranqüilidade e socorro. O deserto é, por vezes, imenso; no entanto, bastam algumas fontes isoladas entre si para garantirem a jornada segura através dele. Na ausência do Sol, uma vela consegue acender milhares de outras, removendo o assédio da escuridão.

Que o mundo se encontra em conflitos dolorosos, à maneira de cadinho gigantesco em ebulição para depurar os valores humanos, é mais que razoável, é necessário. Entretanto, acima de tudo, importa considerar que devemos ser, não obstante as nossas imperfeições, um ponto de luz nas trevas, em que a inspiração do Senhor possa brilhar.


Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Encontro Marcado. Ditado pelo Espírito Emmanuel.
Fonte: http://www.reflexoesespiritas.org


terça-feira, 8 de março de 2011

Um homem inteligente falando das mulheres

Por Luiz Fernando Veríssimo

O desrespeito à natureza tem afetado a sobrevivência de vários seres e entre os mais ameaçados está a fêmea da espécie humana.
Tenho apenas um exemplar em casa,que mantenho com muito zelo e dedicação, mas na verdade acredito que é ela quem me mantém. Portanto, por uma questão de auto-sobrevivência, lanço a campanha Salvem as Mulheres!
Tomem aqui os meus poucos conhecimentos em fisiologia da feminilidade a fim de que preservemos os raros e preciosos exemplares que ainda restam:

Habitat
Mulher não pode ser mantida em cativeiro. Se for engaiolada, fugirá ou morrerá por dentro. Não há corrente que as prenda e as que se submetem à jaula perdem o seu DNA. Você jamais terá a posse de uma mulher, o que vai prendê-la a você é uma linha frágil que precisa ser reforçada diariamente.

Alimentação correta
Ninguém vive de vento. Mulher vive de carinho. Dê-lhe em abundância. É coisa de homem, sim, e se ela não receber de você vai pegar de outro. Beijos matinais e um eu te amo’ no café da manhã as mantém viçosas e perfumadas durante todo o dia. Um abraço diário é como a água para as samambaias. Não a deixe desidratar. Pelo menos uma vez por mês é necessário, senão obrigatório, servir um prato especial.

Flores
Também fazem parte de seu cardápio – mulher que não recebe flores murcha rapidamente e adquire traços masculinos como rispidez e brutalidade.

Respeite a natureza
Você não suporta TPM? Case-se com um homem. Mulheres menstruam, choram por nada, gostam de falar do próprio dia, discutir a relação? Se quiser viver com uma mulher, prepare-se para isso.

Não tolha a sua vaidade
É da mulher hidratar as mechas, pintar as unhas, passar batom, gastar o dia inteiro no salão de beleza, colecionar brincos, comprar muitos sapatos, ficar horas escolhendo roupas no shopping. Entenda tudo isso e apoie.

Cérebro feminino não é um mito
Por insegurança, a maioria dos homens prefere não acreditar na existência do cérebro feminino. Por isso, procuram aquelas que fingem não possuí-lo (e algumas realmente o aposentaram!). Então, aguente mais essa: mulher sem cérebro não é mulher, mas um mero objeto de decoração. Se você se cansou de colecionar bibelôs, tente se relacionar com uma mulher. Algumas vão lhe mostrar que têm mais massa cinzenta do que você. Não fuja dessas, aprenda com elas e cresça. E não se preocupe, ao contrário do que ocorre com os homens, a inteligência não funciona como repelente para as mulheres.

Não faça sombra sobre ela
Se você quiser ser um grande homem tenha uma mulher ao seu lado, nunca atrás. Assim, quando ela brilhar, você vai pegar um bronzeado. Porém, se ela estiver atrás, você vai levar um pé-na-bunda.

Aceite: mulheres também têm luz própria e não dependem de nós para brilhar. O homem sábio alimenta os potenciais da parceira e os utiliza para motivar os próprios. Ele sabe que, preservando e cultivando a mulher, ele estará salvando a si mesmo.
É, meu amigo, se você acha que mulher é caro demais, vire gay.
Só tem mulher quem pode!

domingo, 6 de março de 2011

CAVALO SELVAGEM

Por Wofbell

Cavalgo o cavalo, selvagem, sem lugar,
Não quer, não percebe que o querem domesticar,
Corre livre pelos campos, indo não sabe onde,
O vento alvoroça e em suas crinas responde.

E o cavalo busca o exercício da liberdade,
Mas está preso na verdade, na realidade,
Não pode fugir de seu campo conhecido,
Não pode voar como um Pégaso destemido.

E quando o cavalo cai na verdade,
Vê que será domesticado de sua ansiedade,
Porque um cavalo serve de transporte,
Levando pessoas para outra sorte.

Cavalga agora o cavalo domesticado,
A mente humana traça o caminho marcado,
O cavalo já não é mais um animal,
É um ser novo, um Unicórnio elemental.

sábado, 5 de março de 2011

A ARTE DE SER VELHO

Por Vinícius de Moraes

É curioso como, com o avançar dos anos e o aproximar da morte, vão os homens fechando portas atrás de si, numa espécie de pudor de que o vejam enfrentar a velhice que se aproxima. Pelo menos entre nós, latinos da América, e sobretudo, do Brasil. E talvez seja melhor assim; pois se esse sentimento nos subtrai em vida, no sentido de seu aproveitamento no tempo, evita-nos incorrer em desfrutes de que não está isenta, por exemplo, a ancianidade entre alguns povos europeus e de alhures.
Não estou querendo dizer com isso que todos os nossos velhinhos sejam nenhuma flor que se cheire. Temo-los tão pilantras como não importa onde, e com a agravante de praticarem seus malfeitos com menos ingenuidade. Mas, como coletividade, não há dúvida que os velhinhos brasileiros têm mais compostura que a maioria da velhorra internacional (tirante, é claro, a China), embora entreguem mais depressa a rapadura.
Talvez nem seja compostura; talvez seja esse pudor de que falávamos acima, de se mostrarem em sua decadência, misturado ao muito freqüente sentimento de não terem aproveitado os verdes anos como deveriam. Seja como for, aqui no Brasil os velhos se retraem daqueles seus semelhantes que, como se poderia dizer, têm a faca e o queijo nas mãos. Em reuniões e lugares públicos não têm sido poucas as vezes em que já surpreendi olhares de velhos para moços que se poderiam traduzir mais ou menos assim: "Desgraçado! Aproveita enquanto é tempo porque não demora muito vais ficar assim como eu, um velho, e nenhuma dessas boas olhará mais sequer para o teu lado..."
Isso, aqui no Brasil, é fácil sentir nas boates, com exceção de São Paulo, onde alguns cocorocas ainda arriscam seu pezinho na pista, de cara cheia e sem ligar ao enfarte. No Rio é bem menos comum, e no geral, em mesa de velho não senta broto, pois, conforme reza a máxima popular, quem gosta de velho é reumatismo. O que me parece, de certo modo, cruel. Mas, o que se vai fazer? Assim é a mocidade- ínscia, cruel e gulosa em seus apetites. Como aliás, muito bem diz também a sabedoria do povo: homem velho e mulher nova, ou chifre ou cova.
Na Europa, felizmente para a classe, a cantiga soa diferente. Aliás, nos Estados Unidos dá-se, de certo modo, o mesmo. É verdade que no caso dos Estados Unidos a felicidade dos velhos é conseguida um pouco à base da vigarista; mas na Europa não. Na Europa vêem-se meninas lindas nas boates dançando cheek to cheek com verdadeiros macróbios, e de olhinho fechado e tudo. Enquanto que nos Estados Unidos eu creio que seja mais... cheek to cheek. Lembro-me que em Paris, no Club St. Florentin, onde eu ia bastante, havia na pista um velhinho sempre com meninas diferentes. O "matusa" enfrentava qualquer parada, do rock ao chá-chá-chá e dançava o fino, com todos os extravagantes passinhos com que os gauleses enfeitam as danças do Caribe, sem falar no nosso samba. Um dia, um rapazinho folgado veio convidar a menina do velhinho para dançar e sabem o que ela disse? - isso mesmo que vocês estão pensando e mais toda essa coisa. E enquanto isso, o velhinho de pé, o peito inchado, pronto para sair na física.
Eu achei a cena uma graça só, mas não sei se teria sentido o mesmo aqui no Brasil, se ela se tivesse passado no Sacha's com algum parente meu. Porque, no fundo, nós queremos os nossos velhinhos em casa, em sua cadeira de balanço, lendo Michel Zevaco ou pensando na morte próxima, como fazia meu avô. Velhinho saliente é muito bom, muito bom, mas de avô dos outros. Nosso, não.

Fonte: http://www.viniciusdemoraes.com.br

sexta-feira, 4 de março de 2011

A ARTE DE NÃO ADOECER...

Se não quiser adoecer:

Fale de seus sentimentos
Emoções e sentimentos que são escondidos, reprimidos, acabam em doenças como: gastrite, úlcera, dores lombares, dor na coluna. Com o tempo a repressão dos sentimentos degenera até em câncer. Então vamos desabafar, confidenciar, partilhar nossa intimidade, nossos segredos, nossos pecados. O diálogo, a fala a palavra, é um poderoso remédio e excelente terapia.

Busque soluções
Pessoas negativas não enxergam soluções e aumentam os problemas. Preferem a lamentação, a murmuração, o pessimismo. Melhor é acender o fósforo que lamenter a escuridão. Pequena é a abelha, mas produz o que de mais doce existe. Somos o que pensamos. O pensamento negativo gera energia negativa que se transforma em doença.

Não viva de aparência
Quem esconde a realidade finge, faz posse, quer sempre dar a impressão que está bem, mostra-se perfeito, bonzinho etc., assim está acumulando toneladas de peso… Uma estátua de broze, mas com pés de barro . Nada pior para a saúde que viver de aparência e fachadas. São pessoas peso… Uma estátua de bronze, mas com pés de barro. Nada pior para a saúde que viver de aparência e fachadas. São pessoas com muito verniz e pouca raiz. Seu destino é a farmácia, o hospital, a dor

Se Aceite
A rejeição de si próprio, a ausência de autoestima, faz com que sejamos algozes de nós mesmos. Ser eu mesmo é o núcleo de uma vida saudável. Os que não se aceitam são invejosos, ciumentos, imitadores, competitivos, destruidores. Aceitar-se, aceitar-se mesmo quando se erra, aceitar as críticas e mudar, tudo isso é sabedoria, bom senso e terapia.

Confie
Quem não confia não se comunica, não se abre, não se relaciona, não cria liames profundos, não sabe fazer amizades verdadeiras. Sem confiança, não há relacionamento. A desconfiança é falta de fé em si, nos outros e em Deus.

Não viva sempre triste
O bom humor, a risada, o lazer e a alegria recuperam a saúde e trazem vida longa. A pessoa alegre tem o dom de alegrar o ambiente em que vive. “O bom humor nos salva das mãos do doutor”. Alegria é saúde e terapia.

quinta-feira, 3 de março de 2011

CÓLERA

O orgulho vos induz a julgar-vos mais do que sois; a não suportardes uma comparação que vos possa rebaixar; a vos considerardes, ao contrário, tão acima dos vossos irmãos, quer em espírito, quer em posição social, quer mesmo em vantagens pessoais, que o menor paralelo vos irrita e aborrece. Que sucede então? - Entregai-vos à cólera.

Pesquisai a origem desses acessos de demência passageira que vos assemelham ao bruto, fazendo-vos perder o sangue-frio e a razão; pesquisai e, quase sempre, deparareis com o orgulho ferido. Que é o que vos faz repelir, coléricos, os mais ponderados conselhos, senão o orgulho ferido por uma contradição? Até mesmo as impaciências, que se originam de contrariedades muitas vezes pueris, decorrem da importância que cada um liga à sua personalidade, diante da qual entende que todos se devem dobrar.

Em seu frenesi, o homem colérico a tudo se atira: à natureza bruta, aos objetos inanimados, quebrando-os porque lhe não obedecem. Ah! se nesses momentos pudesse ele observar-se a sangue-frio, ou teria medo de si próprio, ou bem ridículo se acharia! Imagine ele por aí que impressão produzirá nos outros. Quando não fosse pelo respeito que deve a si mesmo, cumpria-lhe esforçar-se por vencer um pendor que o torna objeto de piedade.

Se ponderasse que a cólera a nada remedeia, que lhe altera a saúde e compromete até a vida, reconheceria ser ele próprio a sua primeira vítima. Mas, outra consideração, sobretudo, devera contê-lo, a de que torna infelizes todos os que o cercam. Se tem coração, não lhe será motivo de remorso fazer que sofram os entes a quem mais ama? E que pesar mortal se, num acesso de fúria, praticasse um ato que houvesse de deplorar toda a sua vida!

Em suma, a cólera não exclui certas qualidades do coração, mas impede se faça muito bem e pode levar à prática de muito mal. Isto deve bastar para induzir o homem a esforçar-se pela dominar. O espírita, ao demais, é concitado a isso por outro motivo: o de que a cólera é contrária à caridade e à humildade cristãs. - Um Espírito protetor. (Bordéus, 1863.)

Allan Kardec. Obra: O Evangelho Segundo o Espiritismo.  Federação Espírita Brasileira. 1996.
Fonte: http://www.reflexoesespiritas.org

quarta-feira, 2 de março de 2011

ADDIO

Por Débora Villela Petrin

L’ultimo bacio è caduto sulle labbra,
Il profumo dell’amore s’unisce
L’autunno dai diversi colori arancioni
Accentua ancor di più il sapore dell’addio

I passi avanzano con cautela, lentamente
Fra le foglie dei verdi parchi
Con la luce di un timido sole
Alla ricerca di un piccolo raggio di luce

Non c’erano lacrime che cadevano
Gli occhi scintillavano ad un ritmo lento
Fra le gocce di una pioggia fine e fredda
Quando i sorrisi si spensero

I corpi se ne andarono senza un addio
Ognuno con il suo destino
D’amore o passione
Il nodo si sciolse senza lasciare tracce

Non restano che piccoli frammenti
Per tenere stretto il nodo della nostalgia
Acceso come una lucciola
Durante i giorni di vigilia.

terça-feira, 1 de março de 2011

VOLTAR A INFÂNCIA

Por Regina Ferreirinha


Infância passada.
Naquela morada.
Lembrança recolhida.
Jogando.
Brincando.
Correndo.
Linda lembrança.
Tempo de esperança.
De quando criança.
Magia.
Fantasia.
Havia.
Queria voltar.
Borbulhas formar.
Ao céu soltar.
Queria …ah…como queria à infância voltar!!!